A igualdade salarial tem sido um tema de grande destaque nas discussões sobre justiça e equidade no local de trabalho. Porém, seu impacto vai além de um simples fator financeiro. O texto a seguir explora como esse conceito ajuda a promover um ambiente mais plural.
O que é igualdade salarial?
Igualdade salarial se trata do ato de pagar a todas as pessoas em uma empresa o mesmo salário por trabalho de igual valor. Mas, para que isso ocorra de forma efetiva, não se pode considerar:
- gênero;
- raça;
- orientação sexual;
- idade;
- deficiência.
Ela é um componente crucial da promoção de ambientes de trabalho inclusivos, uma vez que busca acabar com a diferença entre valores recebidos por funcionários que realizam funções parecidas ou iguais.
Dessa maneira, garante que todas as pessoas recebam salários justos e equitativos. Isso envolve, aliás, eliminar esse tipo de discriminação com base em fatores que não se relacionam ao mérito, como, por exemplo, o gênero.
Vale ressaltar que ela não defende que todos devem receber o mesmo salário, mas sim que a remuneração deve se basear em critérios objetivos, como a natureza das funções realizadas, bem como os níveis de experiência e a competência.
Lei da igualdade salarial no Brasil
Com intuito de fazer com que haja uma igualdade salarial entre os homens e as mulheres, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, criou o Projeto de Lei n.° 1.085, em 03 de julho de 2023. A PL, aliás, diz que o valor por trabalho igual deve ser o mesmo para ambos.
A Constituição Federal de 1988 contam com princípios cruciais ligados à igualdade e a não discriminação. O artigo 7º, inciso XXX, de fato, proíbe a diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.
Ademais, a Lei nº 9.029/1995 proíbe a prática de qualquer ato de discriminação no trabalho, como a salarial, por exemplo, com base em gênero, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade.
Como a igualdade salarial combate o preconceito nas empresas?
A igualdade salarial combate o preconceito nas empresas por meio do exemplo, visto que ao aderir essa conduta a companhia cria um padrão claro de tratamento justo para todos. Sendo assim, então:
- cria um ambiente de trabalho mais justo e igual para todos;
- dá um maior espaço para se abrir ao novo;
- gera uma melhor imagem para o negócio;
- oferece um aliado nas lutas das minorias;
- ajuda a reter cada vez mais talentos;
- reduz os litígios;
- fomenta o apoio e o respeito mútuo.
Vale lembrar que esse é apenas um aspecto da luta contra o preconceito nas empresas, e é vital que as empresas adotem normas e práticas de amplo alcance que ajudem a promover a igualdade, a inclusão e a diversidade em todos os níveis e setores.
Passos práticos para alcançar essa inclusão
Para chegar a essa inclusão, antes de tudo, é preciso saber a atual situação e definir metas claras e realistas com base nos dados que você tem. Feito isso, então, os próximos passos são:
- se voltar para as suas políticas de remuneração e fazer as mudanças devidas;
- usar da didática para mostrar a todos como evitar os preconceitos inconscientes;
- criar uma cultura de respeito e apoio mútuo entre a equipe;
- fazer o uso de táticas de seleção neutras e variadas;
- destinar vagas para as minorias.
Como definir metas de diversidade e inclusão?
Essas metas devem se alinhar com a estratégia de negócios da empresa, pois isso ajuda a garantir que elas sejam importantes para o todo. Porém, você deve definir um prazo realista e considerar fatores, como, por exemplo, o tempo e os ajustes que essa mudança exige.
Outro ponto crucial é criar planos de ação sólidos que indiquem como você planeja alcançar as suas metas. Isso pode incluir não apenas as normas de triagem diversas, como também treinamentos de elucidação e dados sobre o que é preciso para fazer uma gestão inclusiva.
Quais são as causas da disparidade salarial?
A disparidade salarial, ou seja, a diferença de ordenado entre grupos de funcionários, pode ser atribuída a várias causas complexas e que se relacionam entre si. Assim, algumas das principais incluem:
- discriminação por gênero, raça, idade, orientação sexual, religião e deficiência;
- grau de instrução mais baixo ou menos experiência na área;
- tempo parcial de atuação no dia a dia;
- barreiras de acesso a ajudas de grande valia para a vida profissional.
- aversão ao risco e escolhas de carreira.
Abordar esse assunto exige uma ação em várias frentes, como, por exemplo, a promoção de um ambiente plural, o fim da discriminação e a criação de políticas mais justas e transparentes.
Como a igualdade salarial reduz o estigma da deficiência nas empresas?
A igualdade salarial reduz o estigma da deficiência nas empresas ao criar um ambiente de trabalho mais inclusivo e equitativo, onde todos são valorizados com base em suas aptidões e nas tarefas que realizam, sem considerar a sua condição física.
O simples fato de ter um funcionário deficiente, no entanto, não basta para acabar com essa chaga social. Afinal, o local de trabalho deve estar apto para receber essa pessoa e dispor de recursos que atendam às suas limitações.
Como garantir que a igualdade salarial seja mantida a longo prazo?
Manter a igualdade salarial a longo prazo exige um empenho constante e ações contínuas para, assim, garantir que todos sejam tratados com justiça e equidade.