2 de dezembro de 2023Comando Notícia
No Brasil, a população com deficiência é estimada em cerca de 18 milhões de pessoas de dois anos ou mais.
O número corresponde a 8,9% da população dessa faixa etária. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
O levantamento aponta ainda que essas pessoas são mais propensas a viver em situação de pobreza e vulnerabilidade social, além de menor acesso à educação, saúde e trabalho – situações que ganham cada vez mais luz através de iniciativas que combatem o preconceito e estimulam a inclusão, reforçadas internacionalmente no dia 3 de dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
- Um exemplo brasileiro é o do empresário Henri Zylberstajn, fundador do Instituto Serendipidade.
- “A conscientização é o primeiro passo para a inclusão. Quando nós conhecemos as Pessoas com deficiência, entendemos que elas são capazes de fazer tudo aquilo que querem e podem, assim como qualquer ser humano. Portanto, deixamos de vê-las como diferentes e passamos a enxergá-las como indivíduos com suas próprias capacidades e potencialidades, o que é essencial para a inclusão”, diz.
Henri fundou o Serendipidade, juntamente com sua esposa Marina, depois da experiência com o nascimento do terceiro filho do casal, Pedro, com síndrome de Down, em 2018.
O instituto acolhe famílias no momento da descoberta da deficiência de seu filho ou filha, promove atividades de iniciação esportiva e ainda atua em projetos de inclusão no mercado de trabalho e envelhecimento com qualidade de vida, abrangendo todas as fases da vida.
“Descobrimos a condição do Pedro apenas após o nascimento e o recebimento da notícia não foi nada humanizado, para nós foi um momento bastante negativo.
Depois disso resolvemos estudar sobre esse universo e percebemos que havia a possibilidade de ir além e ajudar a transformar a realidade de outras pessoas com deficiência – além de mudar o olhar da sociedade para o tema da inclusão”, diz Henri.
O Instituto Serendipidade atua em três frentes, com iniciativas próprias: o Projeto Laços visa acolher pais e mães que recebem a notícia de que seu filho tem alguma deficiência ou doença rara e buscam pessoas que passaram por uma história semelhante.
O Programa de Iniciação Esportiva, em parceria com o Centro Israelita de Apoio Multidisciplinar (CIAM), atende crianças de três a oito anos com síndrome de Down ou outra deficiência, com o objetivo de desenvolver habilidades motoras, sociais e contribuir para uma infância mais saudável e mais inclusiva
. Também conta com apoio de um serviço de apoio multidisciplinar integrado no atendimento às famílias dos pequenos.
E o Programa de Envelhecimento atende adultos e idosos com deficiência intelectual, desenvolvendo programas de bem-estar e contribuindo para o envelhecimento saudável, com protagonismo e autonomia profissional. O programa conta com uma parceria com a APOIE-SP e o Hospital Israelita Albert Einstein, através do Grupo Médico Assistencial (GMA), coordenado pelo médico especialista em geriatria, Dr. Marcelo Altona, que atende os participantes na APOIE através de um olhar holístico e promissor. Todos os programas são gratuitos.
O Programa de Envelhecimento ativo também atua na frente da geração de valor e impacto social relevante, sendo um impulsor da inclusão como solução no Brasil. Realiza sensibilizações, capacitações, collabs, ações de voluntariado, apoio à contratação de Pessoas com deficiência, entre outras iniciativas junto a empresas e instituições.
“Disseminar conteúdo e conscientizar a sociedade são nossos maiores propósitos com o instituto. Nossa missão é fazer com que a inclusão de Pessoas com deficiência no Brasil não seja encarada como um problema, mas sim como solução”, reforça Henri, que também é o pai de Nina, de 10 anos, e Lipe, de 8.
Com informações: Assessoria/Serendipidade
Foto:Divulgação