04/12/2023
Daniel Alves
Foto: Getty Images / Purepeople
Daniel Alves está processando um amigo que estaria negando-se a devolver uma série de bens no valor de R$ 137,2 milhões. Entre os objetos requeridos estão uma Land Rover, quadros de Romero Brito, Luiz Franca e Oswaldo Verano, uma escultura esculpida em esmeralda, além de dezenas de instrumentos musicais, joias e relógios.
O jogador, preso na Espanha suspeito de agressão sexual contra uma mulher, teria deixado os objetos com o amigo em 2022 ao se mudar para o México para jogar no Pumas. Quando teve a prisão deferida, teria pedido a devolução dos bens alegando “dificuldades financeiras” com a perda dos contratos, mas o amigo teria mantido-se “inerte”, segundo o processo.
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A defesa de Daniel, composta pelos advogados Márcio Crociati e Maurício Junior Hora, alega no processo que o réu teria apossado-se dos bens de Daniel Alves “torcendo para que não saia da atual situação em que se encontra hoje, encarcerado em outro país”.
O réu, até o momento, não foi notificado oficialmente pelo sistema judicial e, portanto, ainda não teve a oportunidade de apresentar sua defesa.
A equipe jurídica encarregada de representar Daniel precisa esclarecer o valor de R$ 137,2 milhões atribuído ao processo, fornecendo uma detalhada relação de todos os bens envolvidos, acompanhados de seus respectivos valores.
Valor do processo
O juiz Tom Alexandre Brandão recusou que Daniel Alves pague apenas as custas processuais ao final do processo. O pedido foi feito pela defesa de Daniel Alves, que alegou impossibilidade de arcar com a taxa de cerca de 1% do valor da causa.
Os advogados argumentaram que a prisão resultou na perda de contratos para o jogador, restando apenas o valor da rescisão contratual com o São Paulo, equipe pela qual atuou de 2019 a 2021.
No entanto, o juiz refutou a solicitação, destacando que “a detenção na Espanha não implica na impossibilidade de Daniel Alves suportar os custos do processo, os quais são plenamente compatíveis com o patrimônio de um jogador de futebol do padrão do autor [do processo].”