A sexualidade faz parte da vida de qualquer ser humano, tenha ele uma deficiência ou não. Porém, graças ao capacitismo, este é um assunto muitas vezes desconfortável para aqueles que possuem uma deficiência.
Insegurança com o próprio corpo, super proteção familiar e a baixa autoestima são alguns dos motivos pelos quais essas pessoas sentem medo de se relacionar.
Perguntas como “e se eu não for atraente o suficiente?”, “E se ele(a) não souber lidar com as minhas limitações?” Ou até mesmo “Como eu poderia marcar um encontro se estou sempre cercada(a) de pessoas?
São indagações que podem surgir com frequência na cabeça dos PCD’s fazendo com que pensem e repensem na hora de se relacionar com alguém e, quando o fazem, alguns optam por pessoas do mesmo ciclo social por se sentirem mais confortáveis.
A liberdade sexual ou amorosa de uma pessoa não deve ser restrita para pessoas sem deficiência, pois todo mundo merece e pode ser amado de todas as formas e da forma que é, todavia, na prática, quem vive a realidade de ser uma pessoa com deficiência sabe que não é bem assim que a banda toca.
Embora a sociedade cultive a ideia do “relacionamento íntimo por prazer”, assim como muitos, nós, PCD’s, também queremos ser amados e acreditamos que o relacionamento íntimo vai muito além do encontro carnal, é algo que deve transbordar amor, confiança e companheirismo.
No entanto, graças a temas como os que já foram citados, por vezes achamos não sermos dignos de experimentar esse sentimento e acabamos fugindo quando oportunidades surgem.
Lembrar que somos atraentes, que merecemos, podemos e devemos possuir liberdade sobre nossos corpos e sentimentos é um exercício que precisa ser realizado diariamente.
Tendo em vista que todos possuirmos alguma limitação, mas a cultura capacitista nos traz a necessidade de recordar não ser a toa que palavra “pessoa” vem antes da deficiência. O preconceito deve ser um problema do outro, não nosso!
Postagem Exclusiva Blog Território Deficiente